Caranguejo Sapiens

O Movimento Mangue, nascido e criado no Recife, foi um movimento político-cultural que vai influenciar várias gerações. Nesse contexto, surgio o Carangueijo Sapiens, que é aquele Carangueijo esperto, sempre ligado e pronto pra trasnformar lama em vida!

terça-feira, 19 de outubro de 2010


"Surgiu uma estrela no céu
iluminou na cidade e no campo
o camminho do trabalhador [...]

[...] nosso lema é lutar sem esmorecer
...hoje eu tenho esperança na estrela do PT"

Estamos chegando na reta final do segundo turno da campanha presidencial e é preocupante ver a diferença cair pesquisa a pesquisa. Ao passo que essa diferença cai, tenho acesso ao posicionamento de dois partidos "socialistas e de esquerda" (PSOL e PCB) acerca do segundo turno das eleições.

Os dois partidos, em seus documetos oficiais, reconheçem o retrocesso que uma eventual vitória de José Serra traria ao povo brasileiro. É a volta das privatizações, das políticas neoliberais, do desemprego, da criminalização dos movimentos sociais, etc.

Porém, mesmo tendo ciência de quão nocivo para o avanço de forças progressistas seria uma eleição de José Serra, eles não declaram o voto na Dilma por acreditarem, apesar de reconhecerem as diferenças, que o Neoliberalismo de FHC teve continuidade no Governo Lula e com certeza também será a tônica de um eventual Governo Dilma.

Os avanços conquistados durante esse período para o conjunto da classe trabalhadora, que foram poucos é verdade, não podem ser esquecidos neste momento. A despolitização e a redução programática do debate dessas eleições, fazendo com que o aborto e outras questões de cunho religioso ganhem espaço são de interesse única e exclusivamente da direita retrógrada e conservadora.

O que tem que estar no foco do debate é o fortalecimento do Estado Brasileiro, obtido no Governo Lula, que acabou com as privatizações de FHC, contratou profissionais através de concursos públicos para setores estratégicos do Estado, expandiu o ensino superior público para o interior do país (vide UNIVASF e os campi de Vitória e Caruaru na UFPE), criou várias escolas técnicas em todo o país, sendo o Governo que mais investiu nessa modalidade de ensino em nossa história, reduziu o desemprego, etc.

É claro que continuar com esse projeto é importante porém, é importante continuar para continuar mudando a vida das pessoas. Precisamos mudar o foco da política econômica do país, que está a serviço dos grandes banqueiros, favorecendo o superávit primário; precisamos democratizar os meios de comunicação, haja vista o poderio da mídia corporativa e a sua influência, relacionada aos setores mais conservadores da nossa sociedade; a reforma agrária e o fim do agronegócio, as reformas universitária e previdenciária, etc.

Para que essas transformações sejam possíveis, precisamos eleger Dilma Presidente e fazer a disputa deste Governo nas ruas, intensificando as mobilizações de massa, o debate programático a respeito de uma outra forma de sociabilidade. Isso sim é ser radical.

Por isso, diferente do PCB e do PSOL, no dia 31 de Outubro, vote na Dilma para o Brasil seguir mudando.

"A estrela da esperança continuará sendo nossa! E viva o Partido dos Trabalhadores!"

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Cultura e a dsputa de hegeonia

Para a construção de um novo bloco hogemônico onde as maiorias sociais não estejam as "margens" da sociedade,é preciso fazer um debate sobre cultura considerando o seu papel para a transformação das relações sociais.
A sociedade gerda a partir da separação do trabalhador de seus meios de produção tem como mecanismo de reprodução de seus desvalores o meio cultural. É através deste mecanismo que é reproduzido o machismo, a homofobia, o racismo e todas as outras formas de opressão.
Um debate prsente no meu cotidiano é sobre a marginalização da cultura de massas. As formas de expressão cultural vindas da periferia não têm aceitação por parte de uma parcela significativa da classe média. A grande maioria dessas pessoas pertecem ao público jovem que estuda nas Universidades de Recife. Não estou querendo dizer com isso que essas pessoas sejam preconceituosas e conservadoras, pelo contrário. Talvez elas não compreendam que projeto político tem interesse em excluir as maiorias socias e repreimir as formas de expressão cultural vindas da periferia.
Vale a pena lembrar que as formas de expressão culturais da periferia não estão isentas de reproduzir as formas de opressão presentes na sociedade. É bastante comum, principalmente nas músicas de brega, forró e pagode, a depreciação da imagem da mulher por exemplo. Porém, grande parte da classe média, que estuda nas universidades de Recife, têm uma visão estigmatizada do Rap, do Funk, do samba que não é tocado e cantado por Maria Rita, Renata Lima, etc.
Para construirmos um novo bloco hegemônico é preciso de um diálogo estreito com as massas, elevando a cosnciênca dos povos e fortalecendo as formas de enfrentamento a opressão e exploração impostas pelo sistema capitalista.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Negro Drama


Esta postagem é inspirda na poesia dos Racionais MC's chamada Negro Drama onde eles, com muita mastria, conseguem fazer a leitura de um assunto complexo e polêmico na nossa sociedade de uma forma bastante acessível para o público jovem, fazendo com que os/as que vivem o Negro Drama na nossa sociedade se identifiquem com o trabalho dos caras.

Vizualizar o racismo na sociedade brasileira parce uma coisa muito complicada afinal, quem é negro/a no Brasil? Não vivemos sob a democracia racial?

Pois é ... cansei de escutar essas afirmações nos lugares por onde passo. Se você for perguntar para um polícial militar ou para um porteiro de um prédio localizado nos bairros "nobres" do Recife, certamente eles saberão identificar um/a negro/a.

O mito da "Democracia Racial" veio para escamotear o racismo no Brasil para perpetuar esta forma de opressão da sociedade, pois, o inimigo torna-se praticamente indestrutível quando não conseguimos vizualiza-lo.

Não existem raças. Existe o racismo. O racismo é uma prática política, que devido aos valores do bloco hegemônico da nossa sociedade, cria uma relação de poder entre os seres humanos.

Ao considerar o bloco hegemônico da nossa sociedade, estou me refereindo à sociabilidade do capital e com isso, afirmando que o racismo tem bases materiais.

Para o desenvolvimento do capitalismo, em sua fase monopolista/expansionista, foi preciso criar teorias para justificar a alienação total do trabalho de seres humanos.

A categoria analítica trabalho é a que vai diferenciar os/as homens/mulheres dos animais ou seja, ela é uma categoria central para a formação do "ser social".

Ao promover a alienação total do trabalho de seres humanos, estamos dizendo com isso que eles não são seres humanos uma vez que, se o que os diferencia dos animais é o trabalho, a capacidade de suprir suas necessidades através da transformação da natureza, estamos com isso dizendo que as pessoas submetidas ao trabalho compulsório (escravo), que tem o seu trabalho totalmente alienado, não são humanas.

Uma vez criada essa relação de poder na sociedade onde humanos escravizão não humanos, estão lançadas as bases materiais para a opressão do/a negro/a na sociedade.

A poesia Negro Drama do Racionais MC's fala da realidade do/a negro/a no Brasil, afirmando que o racismo não é social e sim racial.

Muitos grupos socialistas apresentam essa dificuldade de leitura sobre as formas de opressão da nossa sociedade. A luta contra o racismo não se finda na luta contra o capitalismo. É verdade que as relações socias na sociedade capitalsta agudizam as formas de opressão mas, não é mudando o sistema econômico que venceremos o racismo, a homofobia, a opressão de gênero, entre outras.

É preciso superar o sistma capitalista para construirmos um outro bloco hegemônico onde não hajam oprimidos/as e opressores, exlorados/as e exploradores, onde haja a liberdade plena, a emancipação humana.

Como estou falando de uma mudança cultural da nossa sociedade, o trabalho do Racionais MC's, que a exemplo dos/as negros/as que lutavam contra a repressão do Estado Novo através dos Bailes Funck, dançando, cantando, assumindo uma identidade negra, é de grande valia para o público jovem, principalmente os/as negros/as e pobres, pois, é assumindo uma idntidade negra e somando forças na luta pela construção e uma outra forma de sociabilidade é que conseguiremos vencer as formas de opressão da nossa sociedade.

sábado, 9 de janeiro de 2010

A imprensa brasileira


Muito me indigna a atuação da imprensa/mídia corporativa no Brasil. Estava escutando um debate hoje pela manhã onde a discussão era: será que as pessoas que protestam tem razão em protestar ou é tudo exagero?

O centro da discussão foi o caso do apresentador de um tele-jornal que insultou os garis. O discurso dos participantes do debate, todos eles do ramo da comunicação, era de que todos os protstos não passam de exagro. Um dos debatedores falou:"sou jornalista e sempre disse pra os meus filhos que não fizessem jornalismo porque a profissão não presta. Será que eu também deveria ser processado?"

É importante deixar claro que a fala do apresentador, além de preconceituosa, tem uma conotação política muito forte. Grande parte da imprensa brasileira, em especial a mídia corporativa, defende o projeto societário das classes dominantes, corroborando para a manutenção desta forma de sociedade, oprimindo os/as negros/as, as mulheres, os homossexuais e todas as minorias. As grandes redes de rádio e televisão representam os interesses dos nossos inimigos de classe e é por isso que o apresentador está sendo processado, por isso a importância de protstar.

Minimizar esse fato ao "exagero dos/as radicais" é esvaziar o comentário do apresentador de seu sentido político, é confundir a cabeça das pessoas e tentar deixar a visão dos/as trabalhadores/as nebulosas para que não vejam o tamanho da opressão que os setores da burguesia nos impõem.

Desta forma, as grandes redes de rádios, televisões, jornais e revistas (a mídia corporativa) têm em suas mãos uma parcela significativa de poder. Quem não se lembra que a Rede Globo deu as eleições de 1992 à Fernando Collor de Melo? Quem não se lembra que a mídia corporativa stava do lado da ditadura militar?

É preciso democratizar a mídia e acabar com a concentração de poder nas mãos destes conservadores!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Saudações!

Intão galera!

Passei a dar uma sacada em vários blogs massas, onde a galera troca idéia valendo ... e ai resolvi fazer o meu pra socializar textos, discutir sobre coisa que a mídia coorporativa não discute, em fim espero gostar da experiência e que possamos dialogar bastante por aqui!

Um abrço a todos/as